Engenheiros colocam ‘olhos’ em carro autônomo. Mas para quê?
Pesquisadores japoneses colocaram dois olhos esbugalhados – daqueles de desenho animado – na frente de um pequeno carro autônomo. Mas qual a finalidade disso? A ideia é estabelecer uma comunicação visual entre o carro e os pedestres e, com isso, garantir mais segurança para quem está na rua e reduzir acidentes.
Projeto Meninas Velozes
O projeto Meninas Velozes é uma ação da Faculdade de Tecnologia da UnB junto a escolas do ensino médio. O objetivo do projeto relaciona-se à promoção de equidade de gênero nas áreas de engenharias mecânica e automotiva. Um grupo de alunas de ensino médio desenvolve atividades em torno do conhecimento científico e tecnológico que permeia os automóveis de competição.
O projeto Meninas Velozes é estruturado em três eixos: Equidade de gênero e social, fortalecimento de base acadêmica e motivação para a área das engenharias.
As atividades do projeto utilizaram o conceito de PBL (Project Based Learning) para a formação de um grupo focal em questões mecânicas e organizacionais em torno de uma equipe Kart. A mobilização de meninas em torno de uma temática tecnológica é complementada com palestras sobre a atuação de mulheres no campo da engenharia. As atividades do projeto incluem ainda visitas de campo, palestras, depoimentos e oficinas em ambiente automotivos e mecânicos.
Estudantes do Ifes são campeões e vice na Mostra Brasileira de Foguetes
Seis alunos do Instituto Federal de Educação (Ifes) de Cachoeiro participaram com sucesso da Mostra Brasileira de Foguetes, encerrada no último dia quatro de agosto em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, que contou com mais de 40 equipes na disputa.
Eles foram divididos em duas equipes. A primeira formada pelos estudantes Adonias Scherrer Brandão e Daniel Martins Bravin, de 19 anos, e Hugo Balarini Miranda, de 18, que concluem este ano o curso de Eletromecânica.
A outra formada pelas alunas Gislayne Vieira Silva, Isabella Guimarães Bosio Altoé e Sofia Campos Stanzani, de 16 anos, que cursam o 2º ano do Ensino Médio integrado à Eletromecânica.
Quem fala em nome do grupo é Adonias Scherrer Brandão, que conta que tudo começou em 2020 numa pesquisa de iniciação científica em que ele participou com ênfase na aerodinâmica de foguetes e princípios físicos do voo.
Adonias diz que a pesquisa foi concluída, mas este ano ele e outros alunos foram convidados pelos seus professores Leandro Marochio, coordenador de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, e Eduardo Sampaio, para participaram da Mostra Brasileira de Foguetes promovida pela equipe da Olimpíada Brasileira de Astronomia. (OBA).
“A equipe 1 recebeu a premiação de campeão por ficar entre os Top 10 do evento. A equipe número 2 ficou com a premiação de vice-campeão. Ganhamos troféus. Os outros participantes receberam menção honrosa”, relata.
O estudante conta que estão se preparando para esta competição há cerca de três meses, que foi quando receberam a informação que tinham passado para a etapa nacional, após disputar com Institutos Federais de todo o estado.
“O trabalho redobrou. Preparamos base de lançamento e foguetes e usamos as nossas duas semanas de férias no Ifes para trabalhar no projeto. O apoio da instituição foi fundamental”, ressalta.
E a sensação de participar de uma competição nacional e sair vitoriosos? Adonias diz, empolgado, que foi incrível, de recompensa por todo aquele trabalho árduo, tendo que conciliar estudos, cursos, projeto, ainda mais quando estão estudando para o Enem e vestibulares.
“Quando percebemos que o nosso foguete havia voado foi muito gratificante. Mais ainda quando recebemos a notícia da boa classificação da equipe”, enfatiza o estudante.
Adonias pontua que sabem que tiveram uma oportunidade para poucos, de participar e ter recursos para avançar no projeto, e que espera que agora outros jovens possam ser incentivados a entrar pelo caminho da ciência.
“Se tem algo que aprendemos foi que, sem dúvida, que o método científico ensina a avançar, já que nos muitos problemas surgidos ao longo do projeto, primeiro pensamos, formulamos hipóteses, criamos modelos e enfim testamos para analisar os dados. E isso vale para toda e qualquer área da vida”, destaca.
E os planos dos estudantes campeões continuam. Eles querem incentivar novos estudantes no projeto para que o Ifes Campus Cachoeiro continue participando da competição e obtendo sempre melhores resultados, e quem sabe, levando alunos para o ramo da ciência espacial no país.
” Fomos os primeiros da instituição a participar. A equipe número 1 deixará o Campus no final do ano, no encerramento do curso. A equipe número 2 continuará o legado e o trabalho”, conclui.
Simpósio aponta futuro promissor para estudos de cirurgia robótica na UnB
O auditório Lauro Morhy do Instituto de Química (IQ) recebeu, na tarde desta segunda-feira (1º), o I Simpósio de Robótica Cirúrgica da Universidade de Brasília. O evento marcou a apresentação do Centro de Treinamento e Pesquisas em Cirurgia Robótica da UnB, idealizado a partir do trabalho de professores e pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) e Faculdade de Tecnologia (FT). O projeto, que ainda está em processo de implementação no Hospital Universitário de Brasília (HUB), deverá beneficiar os estudantes de graduação no aprendizado prático do uso de robôs em centros cirúrgicos.
A primeira fase do projeto contempla a compra de um simulador de operação robótica para a Faculdade de Medicina, cujo processo já está andamento. Nos próximos meses, o equipamento poderá ser utilizado pelos discentes em atividades práticas. A UnB também pretende adquirir um robô cirúrgico para uso na formação dos estudantes e realização de procedimentos no HUB.
“A proposta do projeto é o treinamento das futuras gerações para a prática da medicina robótica, que é uma realidade nacional e internacional. Já existe em Brasília em clínicas privadas e há pessoas treinadas e capacitadas, mas não conseguimos desenvolver isso ainda no Hospital Universitário”, frisou o professor da FM e especialista em otorrinolaringologia André Luiz Sampaio, um dos integrantes do projeto.
Segundo o professor, no Brasil há laboratórios de simulação de alto nível, porém nenhum centro de simulação. Com a implementação do Centro de Treinamento e Pesquisas em Cirurgia Robótica, o Hospital Universitário pode se tornar referência na área.
No simpósio, André Luiz Sampaio ministrou palestra sobre a história da simulação na prática do ensino médico. O docente ponderou que, assim como a área de aviação civil demanda o aprendizado por simuladores, o estudante de graduação e pós-graduação em Medicina também deve efetuar o treinamento com simuladores de pacientes para aprimorar o aprendizado e garantir a segurança dos pacientes. “Trata-se de uma tecnologia totalmente humanizada.”
Ele lembrou que a UnB está atenta às mudanças no currículo mínimo em decorrência dos avanços tecnológicos ao integrar recursos como este recurso à formação discente.
Também estiveram presentes no evento o diretor da FT, Edson Paulo da Silva; a superintendente do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Elza Noronha; a coordenadora de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina, Doralina do Amaral Rabello; e a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter.